terça-feira, 4 de agosto de 2009

UNEJE reabre discussões sobre Comunidades Remanescentes de Quilombos


A União dos Negros e Negras de Jequié participou de reunião hoje a noite (04), na II Igreja do Evangelho Quadrangular no bairro do Joaquim Romão. O objetivo da reunião foi reabrir as discussões sobre as Comunidades Remanescentes de Quilombos em especial a comunidade do Barro Preto. Foram discultidos ainda questões como a reforma do Colegio Dulque de Caxias que está interditado desde o ano passado, quando do epsodio do acidente que vitimou uma aluno que sai do colégio e o muro caiu em cima dele.

O Jornalista e membro da UNEJE Tiago Henrique abriu a reunião informando como ando o processo de reconhecimento do Barro Preto como uma Comunidade Remanescente de Quilombos. Segundo Tiago o processo sendo implantado contribuiria pra o desenvolvimento do bairro e ajudaria na consientização da população local.






Fonte: COMUNEJE

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Som de preto, de favelado, e criminalizado

Vítima de preconceito histórico, o funk carioca sofre com a repressão policial e com uma imposição temática por parte de empresários

Leandro Uchoas do Rio de Janeiro (RJ)

"É som de preto, de favelado. Mas quando toca, ninguém fica parado". O famoso refrão do funk Som de Preto, de Amilcka e Chocolate, tem mais informação do que se pode inferir no primeiro momento em que se escuta. Historicamente associado à violência e à promiscuidade, o estilo musical surgido no Rio de Janeiro a partir da fusão entre sonoridades estadunidenses e brasileiras vive, na capital, momento ímpar. Ao mesmo tempo em que a repressão policial ganha a conivência legal, as letras mais politizadas perdem espaço frente à temática sexual, o mercado cultural sofre um processo de cartelização e os verdadeiros impasses seguem afastados do debate social.

No início de 2008, havia na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro um deputado estadual, ex-chefe da Polícia Civil, chamado Álvaro Lins. Seu principal projeto de lei criminalizava a prática do baile funk através de métodos tortos. Estabelecia regras para a realização de evento cultural que certamente não seriam atendidas pelas atividades ocorridas nas comunidades pobres, mas apenas pelos clubes mais ricos. A lei foi aprovada em tempo recorde: três meses. 69 deputados votaram a favor e um contra.

Pouco depois, Álvaro Lins foi cassado a partir de denúncias do mesmo deputado responsável pelo voto solitário, Marcelo Freixo (Psol). Acusado de formação de quadrilha, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, o ex-policial terminou preso. Seria solto apenas em maio deste ano, através de um habeas corpus. A lei que aprovou, entretanto, permanece em vigor, embora nenhum deputado admita formalmente concordar com ela.
Nos grandes clubes, a lei não é problema. As exigências que se faz (aprovação policial no prazo de 72 horas, banheiros químicos etc.) são facilmente cumpridas em locais em que o ingresso é caro. Nas favelas, onde o estilo nasceu e tomou corpo, só se faz baile funk nos horários em que a polícia não entra. O estilo musical foi novamente guetificado, favorecendo a ocorrência dos proibidões (bailes para exaltar líderes de tráfico) e a exclusão cultural.

Em comunidades onde houve ocupação policial, através das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), a situação é mais grave. Oriunda da Colômbia, onde teria sido responsável por redução nos índices de criminalidade, a política é amplamente elogiada pelos veículos midiáticos cariocas. Apenas quem vai até as comunidades ou tem acesso a fontes alternativas de informação conhece a realidade de fato. Nessas favelas, o funk está proibido. Bailes-funk na comunidade que mais revelou artistas, Cidade de Deus, ou no tradicional Pagorap do Santa Marta foram extintos.
No interior do estado, segundo MC Tojão, o ritmo teria sido "completamente proibido". No dia 14 de junho, a Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk) organizou uma roda de funk na Cidade de Deus. Após negociações com a polícia, conseguia-se romper com um período de oito meses sem baile funk, e sem qualquer outro evento cultural. O presidente da associação, MC Leonardo, denuncia que, no local, "se o sujeito faz uma festa em casa e coloca funk, a polícia invade. Se tiver um carro e tocar funk, é multado".

A Apafunk vem realizando uma série de eventos para denunciar o problema. Já houve rodas de funk na Central do Brasil, no morro do Dendê e na Cidade de Deus. O próximo está marcado para o Santa Marta, onde o incansável rapper Fiell luta para romper a barreira midiática, fazendo conhecer o boicote policial a manifestações culturais.
Desmobilização social "O problema para eles não é o funk, é a favela. É ter um movimento organizado, da favela, da periferia, feito por negros. É quando você começa a dar voz a essas pessoas, a criar um discurso. Isso chega lá em cima", denuncia o documentarista Fernando Barcellos, morador de Cidade de Deus. A professora Adriana Facina (UFF), com pós-doutorado em funk, reforça a tese de Fernando. "A cultura emerge como arena da luta de classes, como um espaço de disputa por hegemonia e de formulação de visões de mundo contra-hegemônicas", escreveu em artigo.

Autor do premiado "Se Todos Fossem Iguais", Fernando denuncia a atuação policial em sua comunidade como criminalização da pobreza mascarada de política de inclusão. "A cultura aqui está morta, não existe. Aí eles vêm querendo pintar os prédios. Estética" Eu quero cultura. Eu quero pensar, eu quero ler, eu quero ser inteligente", protesta.
A Apafunk nasceu em 2008 para lutar pelos direitos dos funqueiros e contra a associação entre funk e violência. Boa parte dos integrantes faz denúncia social pelas letras. Os que surgiram com o movimento, no início dos anos 90, foram perdendo seu espaço na mídia para os artistas de temática mais voltada à sexualidade. "Quando me dizem que gostam ´daquele funk´ antigo, eu digo que ele ainda existe. Ninguém parou de compor. A gente só parou de ser tocado", protesta o MC Leonardo, de sucessos como o Rap do Centenário e o Rap das Armas e colunista da revista Caros Amigos.

O funk sensual encontra ampla aceitação em todas as classes sociais, mas seu sucesso não seria a única causa do boicote às letras mais politizadas. Os dois principais escritórios que agenciam os funqueiros, a Big Mix do DJ Marlboro e a Furacão 2000 de Rômulo Costa, apostam quase exclusivamente em artistas que adotam o sexo como temática principal. Alguns MCs chegaram a mudar o estilo para ganhar mercado. "Muitos dos que hoje ´mandam a novinha sentar´ têm rap de cunho social", ironiza MC Leonardo.
Cartel capitalista

Os militantes que se reúnem em torno da Apafunk não condenam a temática sexual. "O funk é um tipo de musicalidade ligado à diáspora africana, de maior estimulo à dança, ao corpo, à sensualidade", diz Adriana. Na verdade, a crítica que fazem volta-se ao monopólio do mercado e ao asfixiamento da diversidade do funk. São unânimes em denunciar o cartel formado pelos escritórios de Marlboro e Rômulo.

Os empresários, hoje milionários, controlam não apenas a produção e distribuição, mas também os mecanismos de difusão. Os principais programas de rádio e TV também são controlados por eles. Nos contratos com os artistas, a exploração é de dar inveja aos maiores empresários da história da música nacional.

No contrato relativo ao fonograma, por exemplo, enquanto Marlboro cobra 96% do valor, entregando apenas 4% ao artista (ou à dupla), Rômulo cobra 100% dos lucros. Vitalício, o contrato é imposto como documento padrão. A exploração é reproduzida também nos shows, onde ambos ficam com o lucro quase total. "Você não vê o dinheiro voltar para a favela, onde estão os artistas. Não se ganha dinheiro" protesta MC Junior, irmão e parceiro musical do MC Leonardo.

Também se denuncia o controle midiático dos empresários. "O Marlboro só toca quem assinou contrato com ele. Se você chegar para ele com uma música maravilhosa, vai ter que assinar, senão não toca na rádio. Isso é crime. Rádio é uma concessão pública", diz MC Leonardo. "Durante décadas a música brasileira sofreu com isso, na mão de presidente de Sony, de Polygram. Impunham o que o povo queria ouvir. O monopólio do funk está agindo da mesma forma que eles", compara.

Também haveria artistas de sucesso fabricado pelos empresários. O produtor DJ Amazing Clay confessa que existem, "embora sejam raros". No mesmo ritmo em que cresce o cartel e a repressão, também se organiza a resistência. A Apafunk tem se estruturado e ganhado respeito de setores dos meios político e cultural. Se vingar sua luta contra os preconceitos e os bloqueios policiais e empresariais, o Rio de Janeiro talvez venha a orgulhar-se de ter apresentado ao país mais um movimento cultural.

Fonte: Fundação Cultural Palmares

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CONVITE

Acontece no próximo dia 31 de maio (domingo), das 9h às 12 horas, um Encontro com os filiados e amigos da UNEJE (Uniãos dos Negros e Negras de Jequié), no Sindipan (fundo do Cardosinho). Na oportunidade, será feita uma apresentação das ações e metas da nova diretoria da entidade. Para abrilhantar o evento, haverá atividades culturais e uma feijoada para os presentes.

Participe deste grande momento para fortalecer a luta contra
o preconceito e a discriminação social e racial em Jequié!

Comuneje.

domingo, 24 de maio de 2009

Mais 36 comunidades quilombolas são certificadas no país

A Fundação Cultural Palmares alcançou esta semana a marca de 1.342 comunidades remanescentes de quilombos oficialmente certificadas
Na última terça-feira, 05 de maio, a Fundação Cultural Palmares (FCP) publicou no Diário Oficial da União a Portaria nº 43, registrando e certificando mais 36 comunidades como remanescentes de quilombo. Do total, 13 comunidades são da Bahia; 5 do Maranhão; 3 de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; 2 de Goiás, Minas Gerais e Piauí. Já Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte e Tocantins tiveram uma comunidade reconhecida em cada Estado.
A certificação ocorreu conforme as declarações de auto-reconhecimento de cada comunidade, respeitando o decreto nº 4.887/2003 e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os povos indígenas e tribais.
Na seqüência, o processo segue para o Incra, onde será elaborado o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) das comunidades. Depois do reconhecimento, segue a etapa de desintrusão, na qual são identificados os imóveis rurais dentro do perímetro da comunidade quilombola. Nesta fase, os imóveis particulares são desapropriados e as famílias não-quilombolas que se enquadrarem no Plano Nacional de Reforma Agrária serão reassentadas pelo Incra.
A quarta e última fase é a titulação, na qual a comunidade quilombola recebe um único título correspondente à área total.
A Fundação Cultural Palmares é responsável por promover políticas públicas voltadas para a população negra, visando à preservação de seus valores culturais, sociais e econômicos e, ainda, pela promoção e apoio de pesquisas e estudos relativos à história e à cultura dos povos negros e pela inclusão dos afro-brasileiros no processo de desenvolvimento.
A certificação de comunidades remanescentes de quilombos pela Fundação Cultural Palmares teve início com a aprovação do decreto nº 4.887/2003, que visa garantir a essas comunidades a posse da terra e o acesso a serviços de saúde, educação e saneamento.
Para que isso ocorra, o grupo deve se auto-reconhecer como comunidade remanescente de quilombo. Após receber a declaração de auto-reconhecimento por escrito, a Fundação Palmares inscreve a comunidade no Cadastro Geral e expede a certidão de auto-reconhecimento.
A certificação é de extrema importância, uma vez que ela é o primeiro passo para a regularização fundiária das comunidades, além de viabilizar a participação dos quilombolas em ações de políticas públicas do governo federal, como o bolsa família, Fome Zero, Luz para Todos, além dos programas de habitação e saúde da família.
Além do decreto 4.887/03, a Constituição Federal brasileira também reconhece às comunidades remanescentes de quilombo o direito à propriedade de suas terras por meio do artigo 216; e dentro do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), pelo artigo 68.

Confira aqui para saber mais sobre os procedimentos para certificação de comunidades quilombolas.

Total de novas comunidades certificadas: 36

Marcus Bennett - Assecom/FCP/MinC

Incentivo a modelos negras na passarela é polêmica entre fashionistas

SPFW fecha acordo para que 10% das modelos sejam afro-descendentes. Estilista diz que medida 'constrange'; modelo admite falta de oportunidades.
Dolores Orosco Do G1, em São Paulo
O acordo que a organização da São Paulo Fashion Week assinou com o Ministério Público Estadual, se comprometendo a incentivar as grifes a contratar 10% de modelos afro-descentes e indígenas para os desfiles, causou polêmica entre os profissionais do mundo fashion. A medida, chamada de "termo de ajustamento de conduta", foi anunciada na última quarta-feira (20) e dividiu opiniões dos estilistas, das agências de moda e das próprias modelos.
Dudu Bertholini, designer da grife Neon, classificou a iniciativa como "hipócrita". "Acho preconceituoso, um absurdo. Desse jeito são as autoridades que provocam a segregação, pois essa medida vai constranger as modelos negras", diz o estilista. "As meninas se sentirão desconfortáveis, sem saber se foram escolhidas por terem talento ou por causa de uma obrigatoriedade política hipócrita", completa.
Bertholini, que garante não utilizar o critério racial ao selecionar as tops que desfilam para sua grife, afirma que não existe preconceito no meio fashion. "Não é justo apontar o dedo na cara da moda e dizer que há discriminação. Há 40 anos o Yves Saint Laurent já colocava modelos negras na passarela".
O diretor da agência Mega Models, Raphael Garcia, tem pensamento semelhante ao do estilista. E afirma ainda que existe uma "carência" de candidatas a modelo com o perfil no mercado. "É difícil explicar o motivo, mas poucas meninas negras procuram a agência para fazer um book [ensaio fotográfico feito com a modelo iniciante]. Quando chega até nós uma candidata com potencial, fazemos questão de incentivar e fechar contrato".
Segundo Garcia, dos 150 modelos contratrados da agência - entre homens e mulheres - cerca de 20% são de origem africana. "Na temporada de verão, as grifes buscam mais as negras, garotas de pele mais escura, com mais curvas, para os desfiles. Já nas coleções de inverno, em geral, as marcas preferem ter modelos com um perfil mais nórdico na passarela".
Poucas oportunidades
Moisés Júnior, booker da agência Ten Models, vê de maneira positiva a medida tomada pelo Ministério Público. "Claro que a situação em relação há dez anos melhorou muito. Mas, infelizmente, as oportunidades de trabalho para as modelos negras continuam escassas", opina.
"A procura das grifes por afro-descendentes é mínima. Posso dizer, de maneira geral, que de dez 'castings' [teste para seleção de modelos em campanhas e desfiles] que aparecem aqui por semana, um ou dois são direcionados para as negras", diz Júnior.
O booker conta que dos 140 modelos contratados da agência, 12 são negros. "Nos Estados Unidos e na Europa, o mercado está bem mais democrático. Pode comparar uma revista de moda estrangeira com uma daqui: você verá muito mais negras deslumbrantes em campanhas conceituadas do que nas publicações brasileiras".
Modelo há seis anos, a mineira Fernanda Téo, de 22, admite ter dificuldades em trabalhar por ser afro-descendente. "Quando as grandes marcas contratam uma garota negra para uma campanha, é porque ela já tem um nome firmado no mercado internacional", diz Fernanda, citando a carreira bem-sucedida de colegas como Emanuela de Paula, Ana Bela, Samira Carvalho e Carmelita Mendes.
"No Brasil, quando você é negra, primeiro tem que fazer sucesso lá fora para aí sim ser reconhecida e chamada para os trabalhos aqui", conta a modelo, que desfilou pela primeira vez para uma grife na SPFW na última temporada, em janeiro.
A modelo Aline Apolinário, de 17, acredita que a nova política de incentivo da semana de moda paulistana trará mais oportunidades para as garotas negras. Mas lamenta que a situação tenha chegado a tal ponto. "Claro que as grifes vão nos procurar mais, vai abrir portas. A pena é que seja às custas de patrulha ideológica. Em algum momento vou me questionar: 'estou aqui porque eles me acharam bonita e desfilo bem ou por causa da cota?'"

Fonte: Fundação Cutural Palmares

Semana de África na Bahia tem início segunda-feira

Salvador - Na próxima segunda-feira, 25 de maio, o mundo comemora o Dia da África. A data foi instituída pela ONU, em 1972, para simbolizar a luta e o combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação. Representa, ainda, a memória coletiva do povo africano e o objetivo comum de unidade e solidariedade na luta para o desenvolvimento econômico do continente.Por isso, esse dia foi escolhido para o lançamento do III Festival Mundial de Artes Negras e para celebrar o renascimento africano, que é o tema da terceira edição do festival, que será realizado em Dacar, em dezembro deste ano. O tema é fruto de uma ação articulada da União Africana, que vem viabilizando ações para o desenvolvimento do continente e adotando medidas no plano internacional que busca levar a África a um novo patamar no cenário mundial. Questões como a diversidade cultural, a resistência africana na diáspora para combater o racismo e a discriminação.O lançamento do Fesman no Brasil será no Teatro Castro Alves, às 20h, com a presença do presidente Lula, do presidente do Senegal, Abdulaye Wade, dos ministros da Cultura dos dois países, ministros da Educação, das Comunicações, do governador do Estado e do prefeito de Salvador. Será lançado também na ocasião, pela Empresa Brasileira de Correios, o Selo Comemorativo da Roda de Capoeira.O Fesman é um grande encontro das culturas e das artes negras de diversas partes do mundo. Nele, com a presença já confirmadas de 50 países, serão mostrados a grande influência, tradições, costumes e religiosidades dos povos negros da África e na diáspora. A organização no Brasil está sob a responsabilidade da Fundação Cultural Palmares, que lançará edital para a participação de artistas brasileiros. Haverá premiação nas várias categorias artísticas, com prêmios que variam de 5 mil a 15 mil euros.A organização do III Festival Mundial de Artes Negras escolheu o Brasil para ser homenageado justamente por ser o segundo país com a maior população negra do mundo e por assegurar as ricas manifestações culturais do povo africano e seus descendentes. Um momento também para Brasil e Senegal reforçarem parcerias em diversos campos do conhecimento.O evento em Dacar já conta com as presenças do cantor Steve Wonder, da cantora de Cabo Verde Cesária Évora, dos instrumentistas Manu Dibango e Salif Keita, dos atores americanos Danny Glover e Sidney Poitier. Outros convidados ilustres que também já confirmaram presença são Nelson Mandela, Wangira Moathar e o ex-ministro Gilberto Gil, que assume a vice-presidência do Comitê Internacional de Orientação do festival. Muitos outros ainda estão para ser confirmados.Semana de África na BahiaAs atividades que farão parte da programação na Bahia, que começam no dia 25 e vão até o dia 31 de maio, têm a intenção de divulgar e preservar as tradições e costumes das manifestações culturais de matriz africana.Serão feitas exibições na ruas de algumas cidades por grupos de arte popular, como Paparutas, do município de São Francisco do Conde, Encourados de Pedrão, Marujada, do município de Saubara, e o Samba de Roda, do município de Santo Amaro, e o cortejo das manifestações culturais de origem africana do Recôncavo Baiano no município de Cachoeira, durante a inauguração da Universidade Federal do Recôncavo Baiano. As informações são da Fundação Cultural Palmares.

África 21 Digital

Edital do MEC para cursos na área de diversidade é prorrogado

O Ministério da Educação (MEC) divulgou em abril um edital convocando as instituições públicas de ensino superior e seus respectivos núcleos de pesquisas, a apresentarem propostas de cursos nas áreas de diversidade. Criado em parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), com a Secretaria de Educação a Distância (SEED), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), e com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o edital tem o objetivo de apoiar propostas de instituições de ensino em cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização voltadas a professores e profissionais de educação. A data para o recebimento das propostas foi prorrogada para o dia 8 de junho.
O programa de formação continuada a distância visa desenvolver metodologias educacionais de inserção de temas das áreas de diversidade, como direitos humanos, relações étnico-raciais, quilombola, indígena, gênero, orientação sexual, entre outras.
As instituições devem apresentar propostas segundo os critérios previstos no edital que serão analisadas pela Comissão Temática de Seleção que será constituída pelo MEC.


Mais informações na página MEC na Internet

Fonte: Fundação Cututal Palmares

Pesquisa faz mapeamento nacional dos quilombolas

(24/05/2009 - 11:00)
Pesquisadores estão fazendo a mais completa caracterização geográfica, e cartográfica das comunidades quilombolas do Brasil, com levantamento do perfil social e econômico, para conhecer a situação de cada uma delas e levantar subsídios que possam acelerar o processo de reconhecimento, demarcação e titulação.

O estudo está sendo coordenado pelo geógrafo Rafael Sanzio Araújo dos Anjos, da Universidade de Brasília (UnB). de acordo com o pesquisador, a terra e a territorialidade assumem grande importância no contexto da temática da pluralidade cultural brasileira. Mais de 2.300 quilombos contemporâneos já fazem parte do mais recente cadastro dos territórios étnicos, mas apenas 5% possuem registro junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Por não estarem devidamente registrados, os quilombos são territórios de risco que, se não forem legalizados pelo sistema oficial, correm o risco de desaparecerem ou se descaracterizarem rapidamente", diz Rafael Sanzio.

A pesquisa já resultou numa primeira exposição cartográfica itinerante - Territórios das Comunidades Remanescentes de Antigos Quilombos no Brasil. Uma segunda versão - África, o Brasil e os Territórios dos quilombos- depois de percorrer França e Bélgica, está sendo apresentada em todo o país. O livro do pesquisador, "Quilombos: Geografia Africana-Cartografia Étnica-Territórios Tradicionais", lançado em março, sintetiza as pesquisas realizadas no Brasil, Portugal, França e no Congo. Além disso, para o segundo semestre deste ano está prevista a publicação do Atlas Geográfico África Brasil.

Fonte: Alemtemporeal.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Brasil quer indicador para avaliar redução do racismo

Chefe da delegação brasileira na Conferência de Revisão de Durban -que vai avaliar e ampliar o acordo contra a discriminação racial definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001 - o ministro da Secretaria Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, vai defender a criação de um indicador para avaliar a evolução das medidas de redução da discriminação racial.

Leia mais: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=54593
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 14 de abril de 2009

Cotas e o mundo da moda




A promotora de justiça do Ministério Público paulista, Déborah Kelly Affonso, ganhou projeção esta semana na mídia nacional- recebendo bem mais críticas diretas ou o que eles entendem como sacarsmo- por conta da sua proposta de incluir cotas raciais no São Paulo Fashion Week, que acontece em junho.
A justificativa da promotora, que abriu inquérito para apurar o tema desde o ano passado, é que apenas 3% dos modelos escolhidos pelas grifes são negros.
A proposta é polêmica e causou frisson na midía sulista e do sudeste que sempre se alvoraça de uma forma surpreendente quando se fala em cotas. Por que será? As justificativas que estão surgindo dos entendidos no mundo da moda para criticar a medida chegam a parecer irreais:


Fonte: Atarde on line

Racismo no esporte - Há 50 anos, Portuguesa Santista sofreu com racismo na África do Sul

Durante viagem para disputa de um amistoso no país da próxima Copa, o time não pode entrar em campo por ter três negros no elenco. O ato abalou a relação entre Brasil e África do Sul.

Veja a reportagem na integra: http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM999925-7824-HA+ANOS+PORTUGUESA+SANTISTA+SOFREU+COM+RACISMO+NA+AFRICA+DO+SUL,00.html
Fonte: Globo.com

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Identidade e desenvolvimento - novo livro


O livro Identidade e Desenvolvimento - ação e pensamento de comunidades negras rurais, quilombolas e Terreiros de Candomblé, lançado no último dia 4/3, registra a reflexão a respeito de desenvolvimento protagonizada por comunidades de Terreiros de Candomblé de Salvador e comunidades negras rurais e quilombolas da região do Baixo Sul da Bahia.

Esta etapa do debate culminou na realização do seminário Comunidades Negras Tradicionais como Agentes de Desenvolvimento, promovido em outubro de 2008, em Salvador (BA). O evento foi realizado por Koinonia e convocado em parceria com o Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Intecab) e Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá).

Compõe o livro textos produzidos coletivamente por representantes de cem terreiros, comunidades negras rurais e quilombolas. O conjunto de compromissos assumidos pelas autoridades com as comunidades, durante o Seminário, juntamente com outras informações sobre o encontro também fazem parte da publicação.

Identidade e Desenvolvimento traz ainda um DVD com a série de vídeos Tradição e Desenvolvimento. Os documentários foram lançados e produzidos por Koinonia especialmente para o Seminário. Com a mesma temática dos textos publicados no livro, representantes de diferentes terreiros de Candomblé discutem o conceito de desenvolvimento, passando pelos temas saúde, água e meio ambiente; território e livre associação, liberdade religiosa; saberes tradicionais e memória; e juventude. Já no segundo vídeo, comunidades negras rurais e quilombolas do Baixo Sul da Bahia mostram porque são agentes de desenvolvimento, expõem suas demandas e discutem os modelos que desejam construir.

A publicação é um dos frutos de um processo iniciado em 2007 com o projeto Capacitação e apoio ao desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais no Brasil promovido por Koinoni e co-financiado pela União Européia, Christian Aid e Church Development Service (EED).
Identidade e Desenvolvimento - ação e pensamento de comunidades negras rurais, quilombolas e Terreiros de Candomblé84 páginas, com DVD encartadoMais informações: (71) 3266-3480 / projetoegbesalvador@koinonia.org.br


Divulgação


Projeto Semente Crioula

Será lançado na próxima quinta-feira (09/04) o Projeto Semente Crioula - Resistência Quilombola: soberania alimentar na caatinga.
O projeto é uma iniciativa da Seppir, com o apoio da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), em parceria com a Embrapa, o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) e associações quilombolas do sertão de Pernambuco para a promoção de um sistema alimentar sustentável na região.A solenidade de lançamento será realizada às 10h30, na sede da Embrapa - localizada no Parque Estação Biológica, s/n° - em Brasília. Também participa do evento o embaixador do Canadá, Paul Hunt, além de representantes do movimento social negro de todo o Brasil.A contribuição da Embrapa se concentrará na melhoria dos sistemas produtivos locais, tanto pela identificação e resgate das espécies tradicionalmente consumidas na região quanto pelo enriquecimento do acervo de espécies cultivadas, consumidas e comercializadas, com a incorporação de tecnologias, processos e produtos desenvolvidos pela empresa. Nesse contexto, e em estrita consideração à legislação vigente, será iniciado o processo de legalização do acesso a recursos genéticos e conhecimentos tradicionais. Como resultado, espera-se promover a inclusão social por meio da melhoria alimentar, enfatizando ainda a geração de emprego e renda. As comunidades serão capacitadas a gerir seus sistemas locais de alimentação, de forma sustentável. Estão inseridas as comunidades quilombolas com os piores índices de segurança alimentar do país.

Seppir

Fonte: http://www.palmares.gov.br/

terça-feira, 31 de março de 2009

MOÇÃO DE REPÚDIO

A diretoria da União de Negros e Negras de Jequié-BA - UNEJE vem a público repudiar a atitude preconceituosa da Segurança e da Gerencia do Banco Itaú de Jequié-BA, por ter impedido o Sr. Tiago Henrique Santos Batista, estudante de Jornalismo, correntista do Banco Itaú, de adentrar na referida Agência com um notebook, no dia 20 de março de 2009, em horário comercial, causando-lhe constrangimento e prejuízos.
Enquanto várias nações, governos e instituições estão aprovando leis e políticas públicas contra a discriminação e o preconceito, o gerente e a segurança do banco Itaú de Jequié entram na contramão da história com essa atitude. Mesmo com os questionamentos do Sr. Tiago, falando que ele já entrara em outros bancos com o aparelho, o gerente não revogou a decisão autoritária e preconceituosa, certamente pelo fato dele pertencer ao grupo de cidadãos classificados como afro-brasileiro.
Diante desse fato lamentável, representativo do nível de discriminação ainda existente no Brasil, a UNEJE (União dos Negros e Negras de Jequié) hipoteca total apoio à ação impetrada por Tiago Henrique e fará todo esforço possível para denunciar tais acontecimentos.
Ocorrido na véspera do Dia Internacional contra a Discriminação Racial, o episódio reforça ainda mais a necessidade de se lutar por uma sociedade democrática, justa e livre de toda forma de preconceito.

domingo, 29 de março de 2009

CAPOEIRA: FILHOS DE ZUMBI OCUPA A PRAÇA


O mestre de capoeira Barbicha, um jequieense comprometido que as tradições de sua etnia, levou mais uma vez “Os Filhos de Zumbi”, o grupo que ele coordena, para a praça Rui Barbosa na noite de ontem 28, a partir das 19h. Os integrantes da agremiação - homens, mulheres e crianças - fizeram belas acrobacias e movimentos rítmicos que têm feito a capoeira se tornar uma referência até em outros países. Com muita dedicação e sacrifício, Barbicha tem sido um dos responsáveis por manter essa tradição cultural dos afro-brasileiros em Jequié e em outras partes do estado da Bahia, como Itacaré, nos quais os integrantes do grupo participaram do evento deste sábado na “Cidade Sol”.
Fonte: Gicult

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial


Um convite à reflexão para compreender as diferenças e aceitar a pluralidade


21 de março de 1960. Dia fadado a entrar para a história como um ícone do combate ao racismo, à xenofobia e a todas as formas de intolerância. Era para ser uma manifestação pacífica. Centenas de pessoas foram às ruas de Shaperville, África do Sul, manifestar-se pelos ideais de dignidade e respeito à pessoa humana. O país vivia sob a opressão do apartheid. A polícia atirou indiscriminadamente contra os manifestantes que protestavam contra as leis de discriminação racial. O saldo: 69 mortos e centenas de feridos.Para as Nações Unidas, este é um dia para se lembrar. Por isso, ficou marcado como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Um dia de reflexão sobre as formas de eliminação do preconceito. De tomada de consciência do papel de cada um no combate à intolerância. Como disse o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan: "Nenhum de nós nasceu para odiar. A intolerância aprende-se e, portanto, é possível desaprendê-la."A Fundação Cultural Palmares homenageia, nesse dia, as vítimas de Shaperville, chamando a atenção para o efeito simbólico que o massacre representou para as comunidades negras de todo o mundo. Passados quase 50 anos, a data permanece na memória de todos aqueles que lutam por direitos e dignidade a todos os indivíduos e reforça a importância de continuar a luta pelo princípio de eqüidade e pela construção de políticas públicas que permitam aos homens e mulheres negras o exercício da cidadania plena.Não é possível tolerar a intolerância! Neste dia, ratificamos mais uma vez o nosso compromisso na luta cotidiana por uma sociedade justa e de paz.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Programação do 5º Encontro de Combate a Discriminação Étnica

* Dia 21 as 8:00 horas – Abertura – Local: UESB – Auditório Waly Salomão
* Apresentação: Laina Maciel com o poema “Favela África”.
* Formação da mesa redonda
* 10:00 horas – Defesa de Monografia com os alunos da Pós-graduação em Antropologia com ênfase em cultura Afro-Brasileira.
* Tema: Exu na cultura Afro - com Célio Silva Meira.
* 14:00 às 17:00 horas – Oficinas e defesa de Monografias – Local: Sede do ODEERE
* 19:00 horas – Local: UESB – Auditório Waly Salomão
* Abertura – Apresentação com o núcleo de dança da UNEJE com a performance “Perola Negra”.
* Apresentação do Grupo ODEERE
* Apresentação do Projeto ODEERE
* Cerimônia de entrega de Certificados da turma de extensão 2008.

FONTE: Comuneje

Diretoria da UNEJE realiza reunião com ODEERE para organizar evento.
















Aconteceu nesta quarta-feira (18), na UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, a reunião entre as diretorias da UNEJE – União dos Negros e Negras de Jequié e do ODEERE – Orgão de Educação e Relações com ênfase em Cultura Afro-Brasileira, em prol da organização do 5º Encontro de Combate a Discriminação Étnica.

Na reunião foram tratados assuntos importantes para o bom andamento do evento, mas independentemente do evento outro fator marcante nessa reunião foi a busca de uma união entre os grupos afro da cidade, na ocasião a Profª Mariza coordenadora do ODEERE falava da importância de uma adesão dos demais grupos da cidade, com isso o movimento negro só tem a crescer e se fortalecer.
FONTE: Comuneje

segunda-feira, 16 de março de 2009

Expressões Afro-Brasileiras

AÀÀJÀ - Sineta de metal composta de uma, duas ou mais campainhas utilizadas por pais-de-santo (vd.) para incentivar o transe. Também chamado Adjarin.

ABIÃ - Posição inferior da escala hierárquica dos candomblés ocupada pelo candidato antes do seu noviciado; em yorùbá significa "aquele que vai nascer".

ABORÔ - Denominação genérica dos òrìsà (vd.) masculinos, por oposição as iabás, que são as divindades femininas.

ADAHUN - Tipo de ritmo acelerado e contínuo executado nos atabaques (vd.) e agogós (vd.). É empregado sobretudo nos ritos de possessão como que para invocar os òrìsà (vd.).

ADE ? Termo com que se designam (nos candomblés) em especial os efeminados e, genericamente, os homossexuais masculinos.

ADÓSÙU - Diz-se daquele que teve o osùu (vd.) assentado sobre a cabeça. 0 mesmo que iaô.

ADUFE - Pequeno tambor. Instrumento de percussão de uso mais frequente nos xangôs (vd.) no Nordeste.

AFIN - 0 mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola branca, na língua yorùbá; por extensão a cor branca (vd. efun).

ÀGBO - Infusão proveniente do maceramento das folhas sagradas as quais se vem juntar o sangue dos animais utilizados no sacrifício e substancias minerais como o sal. Esse Iíquido, acondicionado em grandes vasilhames de barro (porrões), é empregado ao longo do processo de iniciação e para fins medicinais sob a forma de banhos e beberagens.

AGÈ - Instrumento musical constituído por uma cabaça envolta numa malha de fios de contas, de sementes ou búzios (vd.).

AGERE - Ritmo dedicado a Òsóòsi executado aos atabaques (vd.).

AGOGO - Instrumento musical composto de uma ou mais campânulas, geralmente de ferro, percutido por uma haste de metal.

AGONJÚ - Um dos doze nomes de Sòngó (vd.) conhecidos no Brasil.

AIYÉ - Palavra de origem yorùbá que designa o mundo, a terra, o tempo de vida e, mais amplamente, a dimensão cosmológica da existência individualizada por oposição a òrun (vd.), dimensão da existência genérica e mundo habitado pelos òrisà (vd.), povoado, ainda, pelos espíritos dos fiéis e seus ancestrais ilustres.

ÅJÀLÁ - vd. ÒòsàáláAJALAMO - vd. ÒòsàáláAJOGÚN - Palavra de origem yorùbá que designa os infortúnios, como a morte, a doença, a dor intolerável e a sujeição.

ÀKÀSA - Bolinhos de massa fina de milho ou farinha de arroz cozidos em ponto de gelatina e envoltos, ainda quentes, em pedacinhos de folha de bananeira.

(Acaçá)AKIDAVIS - Nome dado nos candomblés Kétu e Jeje (vd. Nação) as baquetas feitas de pedaços de galhos de goiabeiras ou araçazeiros, que servem para percutir os atabaques (vd.).

ÁLÁ - Pano branco usado ritualmente como pálio para dignificar os òrìsà (vd.) primordiais. Geralmente feito de morim.

ALABÊ - Título que designa o chefe da orquestra dos atabaques (vd.) encarregado de entoar os cânticos das distintas divindades.

ALAMORERE - vd. Òòsàálá.ALÉKESSI - Planta dedicada a Òsóòsi (vd.). Também conhecida como São Gonçalinho ? Casaina silvestre, SW. F LACOURTIACEAE.ALIÀSE - vd. runko.

AMACIS (ou AMASSIS) - Abluções rituais ou banhos purificatórios feitos com o líquido resultante da maceração de folhas frescas. Entram geralmente em sua composição as folhas votivas do òrìsà do chefe-de-terreiro do iniciando, e as assim chamadas `"folhas de nação" (vd.).ANIL - vd. Wàjì.ANGOLA - vd. Nação.ANGOMBAS - vd. Atabaques.

ARREBATE - Abertura rítmica das cerimonias publicas dos candomblés. 0 modo vibrante de tocar os atabaques (vd.); eqüivale a uma convocação.ÀSE - Termo de múltiplas acepções no universo dos cultos: designa principalmente o poder e a força vital. Além disso, refere-se ao local sagrado da fundação do terreiro, tanto quanto a determinadas porções dos animais sacrificiais, bem como ao lugar de recolhimento dos neófitos (vd. Runko). É usado ainda para designar na sua totalidade a casa-de-santo e a sua linhagem.

ASSENTAMENTO - Objetos ou elementos da natureza (pedra, árvore, etc.) cuja substância e configuração abrigam a força dinâmica de uma divindade. Consagrados, são depositados em recintos apropriados de uma casa-de-santo. A centralidade do conjunto é dada por um òta, pedra-fetiche do òriìsà (vd.).

ATABAQUES - Trio de instrumentos de percussão semelhantes a tambores que orquestram os ritos de candomblé. Apresentam-se em registro grave, médio e agudo, sendo chamados respectivamente Rum, Rumpi e Lé (ou Runlé). Nos candomblés angola são chamados de Angombas. Sua utilização no âmbito das cerimonias, cabe a especialistas rituais (vd. Alabê e Ogã).

AXOGUN - Importante especialista ritual encarregado de sacrificar, segundo regras precisas, animais destinados ao consumo votivo.

AXÉ - Energia, poder, força da natureza.Poder de realização através de força sobrenatural. A palavra Axé também pode ser usada para se referir ao terreiro, Ilê Axé (Casa de Axé)..

UnB: Livro mapeia quilombos do Brasil

Do batuque do tambor ao gingado das danças, parte dos costumes brasileiros se originou na cultura africana. Mas não é só isso. Técnicas como o uso do pilão para moer arroz, milho e mandioca, a tecelagem e a construção de casas de pau-a-pique também têm influência do continente africano. Para revelar essas raízes, o professor Rafael Sanzio, do departamento de Geografia, organizou o livro "Quilombos - Geografia africana, cartografia étnica e territórios tradicionais".

A obra comemora os 20 anos do Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da UnB (CIGA/UnB).

Leia mais em www.secom.unb.br, UnB Agência.

Divulgação: http://www.palmares.gov.br/

Aberta seleção para coordenação do Programa Objetivos do Milênio com enfoque em gênero e raça, no Brasil

Seleção prioriza mulheres negras. Programa apoiará governo brasileiro na elaboração, implementação e monitoramento dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial.

Está aberta, até 27 de março, a seleção para coordenação nacional do Programa Objetivos do Milênio com enfoque em gênero e raça, no Brasil. A iniciativa é conduzida por seis agências: Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), OIT (Organização Internacional do Trabalho), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Este Programa apoiará a SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres) e a Seppir (Secretaria Especial de Promoção de Igualdade Racial) na elaboração, implementação e monitoramento dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial, bem como organizações da sociedade civil cuja atuação esteja centrada em ações de avaliação e monitoramento desses Planos na promoção da igualdade de gêneros e raça. O Unifem é a agência líder e supervisionará o trabalho do/a coordenador/a e o Grupo Técnico das agências tomará as decisões conjuntamente.

O Programa tem financiamento da AECID (Agência Espanhola de Cooperação internacional para o Desenvolvimento) e visa contribuir para a garantia da equidade de gêneros e raça, uma vez que a abordagem dessas dimensões no processo de elaboração, implementação e monitoramento das políticas públicas fortalece a cidadania das mulheres, particularmente as mulheres negras, bem como busca promover seus direitos, na igualdade no acesso aos bens e serviços potencialmente disponíveis, bem como estimulam a mobilização e participação sociais, fatores fundamentais para a consecução do desenvolvimento humano equitativo.
A seleção prioriza mulheres negras. É desejável que o(a) candidato(a) possua mestrado em Ciências Humanas ou Sociais, tenha cinco anos de experiência em atividades de promoção de direitos das mulheres e promoção da igualdade racial, entre outras habilidades relacionadas no Termo de Referência. Os currículos devem ser enviados para recrutamento@undp.org.br até às 13h do dia 27 de março.

Divulgação http://www.palmares.gov.br/

MANIFESTO À NAÇÃO - CONTRA O TRABALHO ESCRAVO E PELA APROVAÇÃO DA PEC 438/2001

Entidades do movimento social, político e representantes de órgãos públicos estão convidados a participar de uma reunião que discutirá a construção da FRENTE BAIANA CONTRA O TRABALHO ESCRAVO, que acontecerá no dia 9 de junho, às 9 horas, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/BA (Piedade, ao lado do Shopping Center Lapa).

O evento visa a organização da luta na Bahia, iniciada no dia 4 de junho, em Brasília, com o lançamento da FRENTE NACIONAL CONTRA O TRABALHO ESCRAVO E PELA APROVAÇÃO DA PEC 438/2001.

Assinam o manifesto nacional contra o trabalho escravo e pela aprovação da PEC 438/2001: CTB, FETAG, CGTB, CNBB, COETRA/PA, CONLUTAS/ANDES, CONTAG, CPT, CUT, INTERSINDICAL, Ministério Público do Trabalho, MST, NCST, OAB, OIT, Procuradoria Geral do Trabalho, SAFITEBA, Secretaria de Inspeção do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria Especial de Direitos Humanos, SINAIT, UGT, UNEGRO, UEB, UJS, MSTS, UNE, UBES, ABES.

Exposição: Imagens do povo negro de Salvador

Mostra com 5.000 imagens da cultura e povo negro de Salvador. A exposição faz parte do Projeto Resistência Negra na Bahia, de Alberto Lima. O lançamento, no dia 16 de junho, às 19 horas, no Centro Cultural da Câmara Municipal (Praça Municipal), terá palestras da Makota Valdina, Dr. Samuel Vida e Dr. Almiro Sena.


Em todo território soteropolitano, por mais miscigenado que seja, encontramos elementos de África. Neste contexto se apresenta o projeto "Resistência Negra na Bahia", que através de um ciclo de exposições e discussões, focando "O Negro na Mídia", pretende estimular reflexões e ações sobre o destino das nossas imagens e outros bens culturais, reivindicando mais direitos e respeito para com os elementos da cultura negra.

No que se refere à imagem dos cidadãos negros e de seu patrimônio cultural, ainda estamos muito aquém de uma equivalência real e respeito. Através da fotografia é possível disseminar uma cultura de consciência crítica para propor intervenções nas políticas culturais, públicas e nos veículos de comunicação. O projeto apresentando imagens de homens e mulheres negras, manifestações culturais e políticas, pretende contribuir para a elevação da auto-estima, a partir do momento que poderemos nos ver e rever na mídia positiva.

O resultado deste trabalho, além de ser um veículo artístico, mídia capaz de elevar a auto-estima da população afro-brasileira, deverá também influenciar na produção de material didático, garantindo uma publicização positiva, reconstruindo um novo imaginário sobre o legado dos ancestrais africanos, fomentando uma nova visão dos afro-descendentes no mercado de publicidade, uma vez que observando a beleza do seu semelhante e consecutivamente a rópria, poderemos perceber uma gritante desvantagem nas propagandas, novelas entre outros veículos e nos sentiremos impulsionados a questionar não só o a sociedade, mas a nós mesmos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mulheres negras experimentam novas conquistas

Mais de um século depois do fato que motivou a comemoração do Dia Internacional da Mulher, a realidade das mulheres brasileiras continua desigual se comparada à dos homens. No mercado de trabalho, elas ainda recebem menos do que os homens e, muitas vezes, não são tratadas dignamente.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas principais regiões metropolitanas do país, as mulheres ganhavam em torno de 71% do rendimento recebido pelos homens em 2008.

Se a disparidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho é grande, esse quadro se agrava quando se considera a cor da pele. Em 2008, os trabalhadores negros ganhavam, em média, pouco mais da metade (50,8%) do rendimento recebido pelos trabalhadores brancos, de acordo com IBGE. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as mulheres negras são o grupo que apresenta o menor rendimento mensal.

Leia mais: http://www.palmares.gov.br/

Fora da história: negras não tem espaço na literatura contemporânea


De 1.245 personagens catalogadas, apenas 34 são mulheres negras. Em 70% das vezes, ocupavam papéis como domésticas e prostitutas
Camilla Shinoda Da Secretaria de Comunicação da UnB
Pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, coordenado pela professora Regina Dalcastagnè, do Departamento de Teoria Literária e Literaturas, revelou um capítulo sombrio da literatura brasileira contemporânea produzida no período entre 1990 e 2004: a quase ausência da representação de mulheres negras nos romances publicados pelas três maiores editoras do país, Companhia das Letras, Rocco e Record. De um total de 1.245 personagens catalogadas em 258 obras, apenas 2,7% são mulheres negras.
Nas poucas vezes em que apareceram nas páginas dos romances, em aproximadamente 70% dos casos, as negras ocupavam posições como empregadas domésticas e profissionais do sexo. Outros papéis recorrentes são a de escrava, dona de casa e bandida.



quarta-feira, 4 de março de 2009

A Unegro, as cotas e a luta pela superação do racismo

Por Edson França*

A Unegro - União de Negros Pela Igualdade se posiciona favorável a implantação de cotas no ensino superior, mercado de trabalho, no serviço público, nos veículos de comunicação e em vários outros espaços de empoderamento. Aprovamos igualmente o Projeto de Lei (PL) 73/1999 - dentre outros projetos com fins semelhantes - ora tramitando no Congresso Nacional. Sabemos que a elite brasileira está em pânico, pois sabe o impacto social que ocorrerá com a presença de negros e pobres nas universidades.
Para além de sermos favoráveis, contribuímos com o debate que o movimento negro brasileiro travou junto a sociedade civil, governos, partidos políticos, universidades, para que a mudança, de fato, se viabilize. No entanto, vejo que há formas diferenciadas de conceber as cotas no interior do movimento negro. Essas diferenças denunciam estratégias contraditórias, apesar de tática semelhante. Por isso pretendo expressar sintéticamente como a Unegro construiu sua opinião favorável e com qual propósito defende a aplicação de cotas no Brasil.
Na verdade, o movimento negro brasileiro, majoritáriamente, sempre resistiu às cotas - apesar de, históricamente, haver grupos que as defendiam ardorosamente. Não é nova essa discussão, aparece em finais da década de 60, sob inspiração do movimento negro americano durante a luta pelos direitos civis. Oobjetivo dessa luta era combater o racismo institucionalizado em vários estados dos EUA, a desigualdade sócio-econômica e a violência que abatia sobre a população negra - como consequência das práticas racistas. Um dos resultados do Movimento de Direitos Civis nos EUA foi a conquista de cotas nas universidades e no mercado de trabalho para negros e mulheres. Esse movimento apresentou para o mundo seus principais expoentes: Martin Luther King e Malcon X, provocou debates de vários temas (integração / separação, ações afirmativas, reparação, além da elaboração de uma profícua argumentação jurídica) que, somados à experiência das cotas contribuíram para reflexão, elaboração e ação política do movimento negro em várias partes do mundo, especialmente nas Américas.

Leia mais http://www.vermelho.org.br/diario/2006/0302/0302_unegro.asp

Nova diretoria da UNEJE inicia seus trabalhos.



Aconteceu ontem (04), a 2ª reunião da nova diretoria da UNEJE - União dos Negros e Negras de Jequié. A reunião serviu para discutir futuras ações da associação, entre os assuntos tratados destaque para a mobilização do dia 21 de março, dia internacional contra a discriminação racial.
Fonte: Comuneje

Polêmica sobre cotas divide intelectuais e ativistas


Na semana passada, intelectuais e artistas protestaram contra os Projetos de Lei das Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Nesta terça, foi a vez de os defensores da proposta se posicionarem. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, receberam nesta terça um manifesto assinado por 425 professores universitários e lideranças de movimentos sociais, com apoio de outros 157 estudantes, em favor do sistema de cotas.As duas propostas polêmicas estão tramitando na Câmara. O projeto das cotas reserva 50% das vagas nas universidades federais para estudantes de escolas públicas, sendo que parte desse percentual seria destinado a negros e indígenas. Já o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Senado, destina 20% das vagas nos cargos em comissão e assessoramento de nível superior da administração pública para negros. Entendemos a gravidade da situação do ensino brasileiro, que piora a cada dia, mas consideramos que não será com a garantia de cotas para as minorias que o problema será resolvido. As cotas são uma solução paliativa, que fecha os olhos para a origem do problema. Não basta oferecer ensino universitário para negros e índios. É necessário melhorar a qualidade do ensino público desde a educação de base, permitindo que os alunos desenvolvam suas capacidades individuais da forma como isso deve ser feito, desde o princípio.Dê a sua opinião.


sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sociedade em Construção - História e Cultura Afro-Brasileira.



Chegou ao mercado o primeiro livro que contempla integralmente a Lei 11.645, em vigor desde março de 2008, que obriga a inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena como disciplina no currículo oficial das redes pública e particular de ensino. Trata-se de dois livros em um só volume: Sociedade em Construção - História e Cultura Afro-Brasileira - O negro na formação da Sociedade Brasileira e Sociedade em Construção - História e Cultura Indígena Brasileira - O índio na formação da Sociedade Brasileira, ambos de autoria do jornalista e sociólogo J. A. Tiradentes, em parceria com a mestre em Educação pela USP, Denise Rampazzo da Silva.A nova disciplina deverá ser ministrada em especial nas áreas de Educação Artística, Literatura e História, no ensino fundamental e médio, como foi estabelecido. “Nós escrevemos com a lei à nossa frente e sob consulta o tempo todo”, disse Tiradentes.

fonte; http://www.palmares.gov.br

Líder do movimento negro da Bahia alerta para desaparecimento de blocos afro

blocos afro no carnaval da capital baiana

Salvador - Em meio à grandiosidade do carnaval baiano e à comemoração dos 60 anos do Afoxé Filhos de Ghandy, muitos grupos tradicionais de afoxés, blocos de índios e agremiações de comunidades tradicionais de Salvador desapareceram ou correm o risco de desaparecer, por falta de condições para se sustentar.Quem faz o alerta é Hamilton Borges, liderança do Movimento Negro da Bahia, que afirma ter visto muitos afoxés se perderem. “Os afoxés, com raríssimas exceções, estão se acabando. Esses grupos não estão suportando a imposição do comércio, do capital investido no carnaval. Mesmo os afoxés que se mantêm por força da comunidade, não estão dando conta de se manter”, alertou.“Os grupos se mantêm dentro de uma perspectiva comunitária e até os anos 1980 eles se sustentavam com dinheiro dos associados. Saíam com 400 ou 600 pessoas e até com 3 mil pessoas”, destacou Hamilton, que lembrou o Afoxé Badauê, cantado por vários artistas, inclusive na letra de Caetano Veloso: “No Badauê, vira menina, macumba, beleza, escravidão. No Badauê. Toda grandeza da vida no sim/não. No Zanzibar. Uma menina bonita pegou amor em mim. No Zanzibar. Os orixás acenaram com o não/sim”, cantarolou Hamilton, morador do Engenho Velho de Brotas, casa do afoxé que teve um papel revolucionário perante os blocos afro da Bahia, ao afirmar os valores da cultura negra ao descer a Ladeira de Nanã.O Badauê foi criado em 1978, no dia 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura. “Ele fez 30 anos, mas já não desfila. Agora, as pessoas estão novamente se juntando e vão fazer uma série de eventos para tentar reanimar o bloco”, destacou.Da mesma forma que o Badauê deixou de desfilar, Hamilton se lembra do Obaxirê, no bairro São Caetano, e o Ébano, que também acabaram se perdendo no tempo. “São afoxés tão importantes quanto esses que fazem sucesso hoje”, ressaltou. Já os afoxés Filhos do Korin Efan e Filhos do Congo, por exemplo, ainda resistem, mas com dificuldades. “Todos os anos eles saem mas de forma precária, com a pior fantasia que se possa imaginar, sem apoio do governo ou de empresas privadas”, lamentou.A prosperidade experimentada pelos Filhos de Ghandy, na opinião de Hamilton, ocorre pelo fato de o bloco estar ligado aos grandes terreiros de Candomblé da Bahia (Gantois, Casa Branca, Ilê Axé Opo Afonjá). Nesses terreiros havia figuras eminentes, como Jorge Amado, Pierre Verger, Antônio Carlos Magalhães, entre outros, que davam essa legitimidade, esse suporte político para os terreiros e também para os blocos.Crítico do carnaval voltado exclusivamente para turistas, Hamilton destaca a falta de contrapartida social dos grandes trios elétricos, que pagam uma taxa mínima para desfilar nos circuitos, entre eles o mais badalado, que recebe o nome de Dodô, localizado na orla Barra/Ondina. “Não existe uma contrapartida social dos grande trios que lucram milhões com o carnaval da Bahia. Temos um carnaval que exclui”, destacou.“Os negros criaram todo o capital simbólico que faz o carnaval da Bahia ser uma festa com caráter internacional. O principal movimento do carnaval de Salvador, que é o Axé, vem de uma referência religiosa, que é o Candomblé. Mas a música que virou marca do carnaval baiano não tem nada a ver com essas referências. Existem comunidades que perderam o conhecimento dos blocos que se formaram. Já estão caindo no esquecimento. E como não há mais esse conhecimento, essas comunidades não se inserem mais no carnaval a partir de uma leitura própria, de um código próprio. Ela não vai se reinserir no carnaval de shortinho e abadá”, criticou.

Nova direção da UNEJE

Segue a lista da nova diretoria e seus respectivos integrantes, os quais irão dirigir a UNERJ por dois anos.

Ø Presidente – Ginásio Santos Silva

Ø Vice-presidente – Valdir Cardoso Santos

Ø 1ª Secretaria – Evanir Cardoso Sales

Ø 2ª Secretario – Andre Bonfim

Ø Tesoureiro – Silvino

Ø Diretor de Cultura – Humberto Pereira

Ø Diretor de Comunicação – Alan Leal

Ø Conselho Fiscal

– Josival Palmito dos Santos
- Laina Lopes Maciel
- Erivaldo Ribas

FONTE: Comuneje

Reunião de posse da nova diretoria da UNEJE

Aconteceu ontem (27), a reunião de posse da nova diretoria da UNEJE – União dos Negros e Negras de Jequié. O evento aconteceu na sede do SINDPAN e contou com as presenças de varias pessoas ligadas a cultura e grupos sociais da cidade.








Em sua primeira palavra como presidente da UNEJ o presidente Ginásio Santos Silva, ressaltou o papel da nova direção, segundo ele a nova diretoria tem como papel principal a inclusão e não o combate entre as raças.








FONTE: Comuneje